“Com
apoio da Prefeitura Municipal, a população januarense será brindada com a
sétima arte na Praça Getúlio Vargas”
Sendo ator principal ou
contracenando em produções de entidades parceiras, a Prefeitura de Januária,
através da secretaria municipal de Turismo, Cultura e Meio Ambiente, rompe
fronteiras na apresentação de peças culturais a população januarense. Sempre
atenta aos anseios da comunidade a atuante secretária, Elzina Escobar, e equipe
de trabalho, atuam em várias frentes buscando ferramentas que propiciem
entretenimento e lazer através da difusão da pratica artística, folclórica,
artesanal e todo o viés das mobilizações sociocultural.
Além de promover a
democratização da sétima arte, o projeto também estimula a população a refletir
sobre a importância da cultura local. Uma das atividades, como já mencionado, é
a gravação e exibição de um documentário com a população local, que se vê representada
na telona. Outra atividade relevante é a realização de oficinas de fotografia
nas quais alunos de escolas públicas aprendem algumas técnicas sobre o tema e
passam a mostrar a cidade onde vivem a partir do próprio olhar. Esse ano, o
projeto conta ainda com uma novidade: o varal fotográfico. Composto por 29
imagens selecionadas ao longo dos 10 anos do projeto, o varal apresenta um
contraste das realidades de ontem e de hoje.
O projeto teve início em
2004 e, desde então, já exibiu cinema ao ar livre para mais de 300 mil pessoas.
Para muitas delas foi o primeiro contato com a Sétima Arte.
Retratos
de um rio sem água
Projeto que leva cinema
para as populações ribeirinhas do rio São Francisco chama atenção para uma das
piores secas dos últimos anos.
Desde 2004, o projeto Cinema
no Rio São Francisco percorre o rio da integração nacional exibindo filmes para
as comunidades ribeirinhas. Nos seus dez anos de existência, a equipe utilizou
o próprio rio como caminho, descendo de barco nos trechos onde ele é navegável.
Este ano, pela primeira vez, a equipe vai ônibus. O motivo? Não tem água.
Aquele rio caudaloso que levava peixe a São Romão, que cobria as colunas da
ponte de Pedras de Maria da Cruz, que banhava as margens de Matias Cardoso,
hoje, é terra pura.
É por isso que esse ano,
além de democratizar o acesso à cultura a partir da exibição de curtas e
longas-metragens nacionais, o projeto Cinema no Rio São Francisco chama atenção
para uma das piores secas dos últimos anos. Para isso, a equipe produziu um
documentário com imagens e relatos de moradores de cada uma das nove cidades
pelas quais passará. Esses relatos fazem um paralelo da realidade atual com o
passado do caudaloso Velho Chico. “A proposta não é só proporcionar que eles
tenham contato com o cinema, mas que eles tenham contato com suas próprias
manifestações e modos de vida”, afirma o idealizador do projeto, Inácio Neves.
Apesar de as secas fazerem
parte da história do rio, ela é agravada por sérios problemas ambientais, como
assoreamento, poluição e degradação das matas ciliares. A vitalidade do rio São
Francisco vem sendo ameaçada de diversas formas, devido ao mau uso e à
políticas equivocadas.
É por isso que, esse ano,
o projeto Cinema no Rio pretende incorporar ao escopo de sua 9a edição, um
amplo debate sobre a preservação e revitalização do rio da integração nacional.
“Pela primeira vez não iremos navegar no rio, iremos margeá-lo, pelas estradas.
Essa situação já denuncia a deterioração que o rio enfrente. Como projeto que
se compromete também com o meio ambiente, não podemos deixar essa situação
passar em branco”, comenta Inácio Neves. Em Januária, projeto irá ser exibido a
partir das 20h00, deste sábado (11/10), na Praça Getúlio Vargas. A equipe esta
produzindo um documentário com imagens e relatos de moradores das cidades
ribeirinhas. De Januária, a telona ao ar livre, segue viagem para Itacarambi,
Mathias Cardoso encerrando, dia 18, em Malhadas no sul da Bahia.
Fontes:
José Maria Guedes – Academia Januarense de Letras
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